Características do Ford Model T
Estrutura:
Era totalmente de madeira. Colunas, chassi, assoalho, longarinas, laterais, tudo era coberto com chapas de aço. O carro era alto o bastante para transpor com facilidade as precárias estradas da época.
Pintura:
Até 1914, o T foi fabricado em uma série de cores de acordo com a preferência dos consumidores. Em 1915, para cortar custos, o T passou a ser produzido exclusivamente na cor preta, situação que perdurou até 1926. Desta época, ficou célebre uma das muitas controvertidas frases de Henry Ford: "O carro é disponível em qualquer cor, contanto que seja preto.".
Bancos:
Os bancos estofados forrados de veludo, não tinham regulagem alguma. Há versões com forrações mais simples (tecido, couro) que se adequavam às varias carrocerias que a linha T possuia (picapes, camionetes, cupês e sedãs).
Direção e painel:
Primeiro carro da Ford com volante no lado esquerdo. Era considerado leve em relação a outros modelos. Como no câmbio, a redução se fazia por meio de uma engrenagem epicicloidal, No painel, amperímetro e hodômetro
Câmbio:
Em vez de uma caixa tradicional com engrenagens cilíndricas que eram ruidosas e se desgastavam, o T adotava engrenagens epicicloidais (como as das transmissões automáticas), em que suas duas marchas para a frente e uma à ré eram selecionadas por meio de pedais. Porém, para funcionar, o freio de mão deveria estar na posição correta.
Acelerador: O bigode ainda não era um pedal, mas uma alavanca junto ao volante, que formava par com outra, para ajustar o avanço de ignição. As duas alavancas, opostas, formavam a figura de um bigode, o que levou o T a ser chamado, no Brasil, de Ford de Bigode. Quando o nome pegou, os modelos fabricados no Brasil passaram a mostrar, no ornamento do capô, a figura de um bigode, abaixo do logotipo da Ford, como se vê nesta foto.
Motor:
Considerado muito resistente, com 2.900 cm3 de cilindrada e 17 cv. de potência. Velocidade máxima: 55 km/h
Freios:
Freios a tambor acionados por varão, apenas nas rodas traseiras, pois à época acreditavam os engenheiros mecânicos que freios nas rodas dianteiras fariam o carro capotar.
Tanque de combustível:
Ficava sob o assento do passageiro da frente. Era preciso retirar o assento para abastecer.
Opcionais:
Exceto em alguns períodos e para alguns modelos, faróis e buzinas eram oferecidos como opcionais, mediante pagamento adicional. O farol auxiliar do motorista, elétrico, com controle interno, muito útil numa época de má iluminação pública, sempre foi oferecido como opcional.