Uma vez proibida de produzir aviões pelas forças aliadas, a Messerschmitt recebeu uma proposta do engenheiro Fritz Fend. Por aquele momento ele já tinha acumulado alguma experiência em produzir motonetas e triciclos para deficientes da guerra, viu na planta inativa de Regensburg uma oportunidade de montar em grande escala um triciclo motorizado. Então em 1953 nasceu o Messerschmitt KR 175 (KR significa kabinenroller, algo como ?scooter cabinada? em alemão). O modelo aqui apresentado é o KR 200, um reprojeto completo com muitos melhoramentos de seu antecessor. Esta miniatura representa a versão cabrio, lançado em 1959, quando o produtor já era a FMR.
O que mais chama atenção nos Messerschmitt é a inegável influência da história pregressa de seu fabricante. O volante em forma de manche (fazia o jogo completo com ¼ de volta), a cabine tandem (motorista na frente do carona) e a cobertura em plexiglass não negam a franca inspiração nos aviões. Muito aerodinâmico, destacava-se entre os microcars contemporâneos em economia e desempenho, com seus magros 230Kg chegava aos 100Km/h, propulsionado pelo motor Fichtel & Sachs de 10,2hp (2 tempos, 1 cilindro, 191cc).
A pintura tem uma aparência bastante flocada, mas todos os frisos estão bem pintados. O modelo cabrio tem as janelas laterais fixas, enquanto o roadster tinha apenas o pára-brisas fixo. O limpador de pára-brisas é um tanto deslocado demais para o meu gosto e é muito frágil para ser movido.
Na traseira, observa-se a tampa do tanque e um delicado bagageiro. O pisca na parte posterior denota ser um modelo mais recente, embora em alguns países a legislação os mudasse de lugar.
Nesse ângulo não há como negar a face de rato que tem este veículo, apelido que o acompanhou por décadas. O emblema da Messerschmitt denota que ele é dos primeiros cabrios feitos pela FMR, que depois impedida por contrato, usou seu próprio emblema como na foto acima.
A tampa, com sua abertura característica de aviões, em 1:1 abria mais que o dobro do que a da miniatura. O interior tandem é bem simples na miniatura, não se vêem os dutos de aquecimento, por exemplo. Embora a Revell tenha sido atenciosa na logo do singular volante e nos mostradores.
A tampa do motor só abre com a da cabine já aberta. Na ponta do escapamento, faltou aquele mágico pinguinho de tinta preta. Aonde se vêem os dois parafusos Philips deveria existir a representação do tanque de combustível, que ficava preso à tampa do motor. Uma representação um tanto tosca, ganha pontos somente pelo estepe com pneu marcado.