1- Quem é o indivíduo por trás do hobby?
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Leonardo Westphalen Dueñas, tenho 30 anos de idade, sou estudante universitário (espero agora que por muito pouco tempo), nasci e moro no Rio de Janeiro. Seguem abaixo algumas fotos de eventos de diecast que participei, tem um monte de gente do MM aí, quem reconhece?
Em Curitiba com a miniatura da Volta Pelo Brasil do MM.Na exposição da ACOMDERJ – Rio de Janeiro – RJ.No encontro do Museu Cd. De Linhares – Rio de Janeiro – RJ.Na exposição da APCAM – São Paulo – SP.No encontro MM – Curitiba – PR.Encontro MM/HW – Joinville – SC.2- Como entrou neste hobby? Ainda se lembra do seu primeiro modelo?
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Sem contar os Majorette e Matchbox da infância, meu primeiro diecast com a finalidade de coleção foi um 1965 Mustang GT 1:18 da Jouef, comprado no final de 2001. No meu então estágio estávamos destacados da empresa, numa sala na Rua da Alfândega (centro do Rio), para nos focarmos num projeto importante. Chegando lá, vi uma loja de brinquedos com uma vitrine enorme povoada de miniaturas em 1:18. Na lembrança de minha adolescência (tinha um amigo em SP que era do V8 Lovers e falava o tempo todo do Pony da Ford) entrei para perguntar se eles tinham a miniatura de algum Mustang. Daí em diante foi a curiosidade de pesquisar na internet do que se tratava aquela estranha palavra “die-cast” escrita na caixa do modelo, e nas respostas encontradas encontrei algumas lojas, o Mini.Werner e um grupo de discussão. Nesse grupo recebi um convite para ir numa expo onde hoje fica a ACOMDERJ, lá assisti uma palestra do Sphinx (Alexandre), fizemos amizade comentando sobre as revisões do LUW (Luciano) e ele acabou insistindo muito para que eu entrasse no Fórum Webkits. Acabamos todos nos mudando para o Mundo em Miniatura e aqui pretendo ficar.
3- Após o tempo de coleção, como você se enxerga hoje? Colecionador ou acumulador?
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Enxergo-me como colecionador, considero ter uma escala e um tema critérios ótimos para se ter consciência do que adquirir e desfrutar o lado cultural do nosso hobby. Considero normal que tenhamos um pouco de médico e um pouco de monstro, de vez em quando o último sai da gaiola e me faz comprar com mais intensidade, mas não perco o critério de seleção.
4- Como você define sua coleção? Temática? Por escala? Conte um pouco dela para nós.
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Como disse acima, comecei no diecast colecionando Ford Mustangs na escala 1:18 (visite o site
clicando aqui), mas quando consegui completar uma linha do tempo (parcial) comecei a ficar muito exigente na qualidade das miniaturas, o que tornou o custo do tema inviável para mim. Uma vez estacionados os Mustangs, parti para o tema de Microcars “vintage” 1:18 (do pós-WWII até fins dos anos ’60). Como havia grande afinidade entre eles e as scooters, estas também entraram para a coleção e nos últimos tempos vem tomando vulto no número de aquisições. Quem quiser ver mais imagens dos microcars, pode visitar o tópico clicando na minha assinatura.
5- Como armazena e expõe sua coleção?
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Lamentavelmente ainda não tive a oportunidade de encomendar uma vitrine adequada para minha coleção. Não é o ideal esteticamente falando, mas primando pela conservação, provisoriamente todas as miniaturas estão acondicionadas em suas embalagens originais, dentro de caixas ou num armário.
6- Possui cuidados especiais? Técnicas de conservação?
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Para mim o lugar aonde a miniatura se conserva melhor é dentro da própria caixa, mas reconheço que isso sacrifica seu maior propósito que é ser admirada. Não uso nenhum tipo de produto, apenas faço o manuseio com as mãos recém lavadas (conselho do Sphinx) e utilizo uma flanela limpa para retirar marcas de digitais ou poeira. Caso tenha adquirido um modelo usado em más condições, eventualmente posso lavá-lo com água e sabão e depois dar um polimento suave com cera automotiva.
7- Quais quesitos leva em consideração para a aquisição de modelos? Lista, gosto, segue um padrão?
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Tendo em foco o tema, vou ponderando entre os modelos que mais me chamam a atenção, os que culturalmente são mais relevantes, os que têm melhor custo-benefício e, em alguns casos, até a cor dentro do contexto dos outros modelos também pesa (gosto de um visual bem variado). A oportunidade do momento também não pode ser esquecida, mas evito comprar apenas por impulso, sempre tento refletir ao menos um pouquinho antes de “apertar o gatilho”.
8- Como costuma adquirir suas minis?
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Quase 100% dos meus modelos são adquiridos via internet, a maioria em sites de leilão, sobretudo estrangeiros. Como os modelos do meu tema/escala raramente são lançados hoje em dia, as lojas dificilmente os têm em estoque.
9- Você gosta de estudar a história real das suas miniaturas em relação ao modelo em escala 1:1?
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Pessoalmente gosto e sem dúvida é uma parte muito interessante do hobby, mas é importante ter tempo para pesquisar, senão se torna obrigação e o prazer vai embora. Tenho modelos que mesmo depois de meses e até anos de adquiridos, ainda estão aguardando o momento para uma pesquisa mais aprofundada.
10- Qual o carro de seus sonhos? Ele já existe em die-cast? Você tem?
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Meu “carro dos sonhos” em geral é a próxima compra em vista, mas há alguns 1:1 que gostaria de ter disponíveis em 1:18. No caso dos Mustangs, gostaria muito que fosse fabricado algum Mustang II (1974-1978), de preferência o King Cobra do ano em que nasci. Dos microcars gostaria muito de poder contar com algum Heinkel, o modelo ISO da Isetta, dentre outros que só existem em 1:43. Não posso esquecer por último dos nacionais, carros que tive na família como o Charger R/T (nacional derivado do Dodge Dart), VW Brasília e o VW Gol “bola” eu adoraria ter na coleção.
11- O que gostaria que mudasse nos atuais die-cast?
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O preço, mas compreendo que há aí uma relação real com os custos de projeto e de produção. Acho que uma crítica mais construtiva seria a de haver uma maior fidelidade com a escala, sinto que os fabricantes usam a escala mais como um referencial comercial do que uma medida precisa.
12- Já fez alguma loucura para comprar uma mini?
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Já, por algumas. Uma vez para “aliviar o stress” acabei comprando num mês o que compraria num semestre ou talvez até num ano.
13- Como sua família encara seu hobby?
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Acho que com uma pontinha de admiração por ser algo que me traz felicidade e por outro lado certa perplexidade do tipo “por que esse marmanjo fica comprando carrinhos?!”. De maneira geral há mais tolerância do que propriamente apoio, mas para mim assim já está ótimo!
14- Obsessão ou Hobby, como você define seu ato de colecionar?
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Hobby, uma curtição maravilhosa, um aprendizado constante e um meio de fazer um monte de novas amizades.
15- Qual o "peso" de sua coleção em sua vida, você viveria sem? Se precisasse vender, você venderia?
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Venderia só em último caso e com o coração partido, mas venderia. De qualquer forma mesmo que ficasse sem um único modelo na estante continuaria freqüentando o MM e os encontros de colecionadores. Venho aprendendo com vocês que não é preciso “ter para ser” no hobby.
16- Como você vê o futuro de sua coleção?
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Vejo eventualmente novos temas ou a releitura do meu acervo apontando para novas direções. Já cogitei muito enveredar para 1:43, mas meu coração bate forte mesmo pela 1:18, desde criança era vidrado naqueles modelos (para a época super detalhados) que via nas tabacarias e lojas de presentes finos.
Abraço,
Leo